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sábado, 26 de junho de 2010

EU QUE SOU?


O poema abaixo veio em mais um das centenas recebidas do amigo Carlos Cunha.

Uma grande verdade:


Quando eu nasci, era Preto;
Quando cresci, era Preto;
Quando pego sol, fico Preto;
Quando sinto frio, continuo Preto;
Quando estou assustado, também fico Preto;
Quando estou doente, Preto;
E, quando eu morrer, continuarei preto!

E você, cara Branco?
Quando nasce, você é Rosa;
Quando cresce, você é Branco;
Quando você pega sol, fica Vermelho;
Quando sente frio, você fica Roxo;
Quando você se assusta fica Amarelo;
Quando está doente, fica Verde;
Quando você morrer, ficará Cinzento.

E você vem me chamar de Homem de Cor?

sábado, 12 de junho de 2010

DIALETO RIOGRANDENSE.


Nós, do Rio Grande do Sul, temos um idioma diferente do resto do Brasil.
Vejam abaixo algumas dessas palavras e/ou expressões:

Atucanado: muito ocupado
Bem capaz: negação enfatizada
Cagar a pau: bater
Camassada de pau: apanhar
Campiá: procurar
Capaz: verdade?
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Cóça de laço : apanhar
Crêendios pai: exclamação quando algo dá errado
De revesgueio: de um tal jeito
Fincá: cravarGarrão: calcanhar
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínôzá: amarrar (já viu palavra com todas as sílabas com acento?)
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de lã ou de nylon
Jóssa: coisa
Judiá: maltratar
Kakedo: pessoas que não valem nada
Malinducado: mal educado
Paiêro: fumo de palha
Pânca: modo de se portar, ex: panca de motoqueiro (jeito de motoqueiro)
Pare, home do céu: parar, o mesmo que 'deusolivre home'.
Pardal: radar fixo
Pestiado: com alguma doença
Pexada: acidente
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que podá
Pozá: dormir em algum lugar
Rancho: compra do mês
Relampejando: trovejando
Resbalão: escorregar
Sinalêra: semáforo
Táio: corte
Tchuco: levemente bêbado
Trupicá: tropeçar
Tunda de laço : apanhar
Vortiada: passeio
Ximia: doce de passar no pão

Exemplo de aplicação:

Dá um jeito de intertê os teus amigos, aproveita enquanto teu chefe foi dá uma vortiada e manda por e-mail...
Não sei como ele não vê que mesmointuiado de trabalho você fica incebando o dia inteiro...
Pare de campiá desculpa, fica falando que tápestiado e ainda consegue ingrupi o coitado do chefe...
Mas vai logo, antes que ele volte e fique invaretado de te ver pescociando...
Pare de se bostiá, home do céu, não seja malinducado e manda essa jóssa de uma vez...

domingo, 6 de junho de 2010

MORRE LENTAMENTE,




Desta vez foi meu amigo Nerval Jung dos Santos Júnior quem mandou o e-mail (origem desta publicação, de autoria de Pablo Neruda).

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade."

sábado, 5 de junho de 2010

DEGUSTAÇÃO DE VINHO EM MINAS GERAIS.


Mais uma do Veríssimo, que relata uma conversa entre um enólogo famoso e laureado e um matuto do interior das Minas Gerais:
"- Hummm...
- Eca!!!
- Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O sinhô num acha que esse vin tá cum gostim istranh?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Taquipariu sô! E o sinhô cheirou iss tudaí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sôisso não sinhô!! Mai quissaqui tá me cheirano iguarzinho à minha egüinha Gertrudes dipois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O sinhô me descurpe, masseu vi o sinhô sacudino o copo e enfiano o narigão lá dentro. O sinhô tá gripadim, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte da enologia. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mais num vai introduzi mais é nunca! Disafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francêis nessistória lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçano de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio dum cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- Iquitar a mão no pé dovido, hein, seu fióte de Berzebú?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui quieu te arrebento, sua bicha fedorenta!"

quinta-feira, 3 de junho de 2010

NÃO ESTÁ NO AURÉLIO...


Para variar, mais um belo texto recebido do meu amigo Carlos Roberto Cunha.
Faz pensar, raciocinar e, até mesmo, em alguns verbetes, emocionar.
Vamos a eles:

ABANDONO - Quando a jangada parte e você fica.
ADEUS - O tipo de tchau mais triste que existe.
ADOLESCENTE - Criatura que tem fogos de artifício dentro dela.
ARTISTA - Espécie de gente que nunca deixa de ser criança.
AUSÊNCIA - Uma falta que fica ali, presente.
FOTOGRAFIA - Um pedaço de papel que guarda um pedaço de vida.
FILHO - Serzinho adorável, todo seu, que um dia cresce e passa a ser todo dele.
GELO - O que a gente sente na espinha quando o amor diz que vai embora.
LEALDADE - Qualidade de cachorro que nem todas as pessoas tem.
LÁGRIMA - Sumo que sai dos olhos quando se espreme o coração.
OUSADIA - Quando o coração diz pra coragem: "Vá!", e ela vai mesmo.
Faz pensar...